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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pensamento 41- "O Horizonte"


...então seus cabelos se entrelaçaram e caíram sobre seu rosto em prantos. O horizonte estava aberto aguardando o momento para se fechar e, finalmente, sumir. O líquido salgado escorria pelos delicados olhares submersos em solidão. Ela sabia de tudo. E ele também. Mas cada qual com sua estrela que brilhava atenta. A mão elevada aos olhares, de unhas desfeitas e cílios postiços, acariciava. Mas eles não estavam lá. Chão a chão, estendida. Não havia mais chão. E o chão que havia também não existia em sua mente. Se encontrava bem mais abaixo, por se consumir em desgostoso sentimento. Então a bipolaridade da garota aumentava, como alguém que aumenta o volume no rádio, na essência de uma música boa. Aquela estranha sensação foi a corroendo. Os olhares curiosos a olhavam contando estrelas prateadas.  O tampão do mundo foi se movimentando lentamente. Seus flocos de algodão, e pingos de luz corriam de um lado para o outro em sincronia. O negro vulto me consumia. Do outro lado via-se ela sobre uma poça de groselha natural. Ainda viva! Olhei o horizonte... Droga! Já havia se fechado!...

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